15 maio 2012

Johny Vader

Johny Vader
Never got his light saber,
And was too young to ride on the Death Star.
It’s not a moon his father would say,
Do you want me to ring yoda so you have a friend to play?

But Yoda has always ever too busy,
And never invited him to stay.
Being the emperor’s favourite is never easy,
And even that was left astray.

Oh what to do with little Johny,
The lesser know son of Darth Vader?

I want to join the rebel force,
He thought to himself,
They actually have a good rep.
But no, no one would play with little Johny,
They would always cry “it’s a trap!”

So Johny went away,
And got a little bit strange.
Looked into his life,
And submitted for a sex change.

What should I do now?
Well, look for a new name would do.
And a nice title to go with it too.

A princess, because I like pink,
And black was never my thing
Plus a cool name.
Carol is taken,
And Betty too lame.
What about Leia? His doctor suggested,
It will go nice with those breats implanted.

So princess Leia,
Johny became.
And with the rebels he came...
To play.
And get a ride on the Death Star.

27 abril 2012

Na rotunda, virar à esquerda

Dia 1 Ligar o computador. "Escrever sobre a revolução. Aparentemente, destinado a tal projecto porque ninguém percebe muito bem como é que a coisa aconteceu e a minha sorte na lotaria sempre foi uma merda. La fora chove e faz frio. Estamos em Dezembro, portanto algo de natural. A janela aberta deixa cair cá dentro os sons da rua, os gritos de “o povo está connosco”, e os gritos do povo que não está connosco e o afirma assim. Contra-revolução pacifica e não aceite. Quem sabe melhor desfila pela rua abaixo, armas em punho para determinar essa certeza. O povo que não está connosco cala-se e volta para dentro de casa, ou do café. É melhor assim. Afinal chove e faz frio, o sistema de saúde fechou e ninguém gosta de ficar molhado. Mais vale beber um cafezinho, silenciosamente ficar-se na sua. Na mesa, o computador espera pelas palavras mais certas. Companhia por companhia, prefiro a garrafa de moscatel. Faz muito mais sentido o que me tem para dizer." Dia 2 Desligar o computador. Dia 3 O que raio é que me passou pela cabeça? Uma hora perdida a olhar para o nada, depois outra e mais outra e assim desfila o dia. Era suposto não ser assim. Três meses perdidos num limbo em que a única coisa que escrevi serve para mostrar que um gajo nao se deve despedir do trabalho só porque encontrou uma miúda no bar que lhe disse que tinha perfil de Hemmingway. E que escrevia muito bem. Merda! Merda para o ego e mais para a miúda. Que bazou, diga-se de passagem. Três dias atrás, fartou-se. É claro que o vizinho de cima e os seus abdominais tiveram alguma participação no processo, mas a desculpa que levei na tromba teve mais a ver com ter que se encontrar. Algo desse género. Dia 6 Bem, o escritor em mim acabou por morrer. Enfim, falta de haver musa. Voltar ao trabalho era bom, mas também não vai acontecer. Bem, foram uns bons dias estes últimos meses. Aos 32, a caminho dos 45 e uma casa na cidade, dois filhos e meio e a proverbial esposa. Nada disso. Gostava de os ver agora, o pessoal que gastou este tempo entre uma casa mal paga e um trabalho que paga mal e me contava que, isso sim, era um desporto útil. Mais que brincar a juvenil inconsequente. Bem, em minha defesa, juvenil inconsequente sim, mas bem disposto. E com a miúda que gostava de Hemingway. Deve contar para alguma coisa.Principalmente nestes dias. Afinal, como melhor seriam gastos estes últimos dias nesta terra? Compor a camisa. Ouço passos no corredor e devem ser eles. O vizinho de cima e a miúda que gostava de Hemingway. Será que ainda gosta, desde que foi mordida? Imagino-a assim, a explicar o velho e o mar ao gajo dos abdominais, enquanto me mastigam. Talvez com nostalgia, quem sabe? Que isto de ser zombie tem mais que se diga. E nunca ninguém disse que um morto-vivo tinha que ser obrigatoriamente iletrado. Compor a camisa. Ser prato de jantar sim, mas gourmet...

25 abril 2012

25 de Abril

O povo não se esquece de cantar a Grândola vila morna (morena), mas o povo também não se lembra do mais importante...

08 abril 2012

Re-visualização

Sai o velho, entra o novo....Gosto no novo look, calculo que tenha que agradecer ao xico...

19 agosto 2011

Parece que o nosso blog é popular

O que é estranho, considerando que tem estado em morte cerebral durante tanto tempo. Por falar disso, a piada não é das melhores (e não chega a tempo) e nem sequer é minha (encontrei-a aqui) mas aqui vai...

"Dizem os rails de autoestrada para o gajo dos d'zrt:
Toma lá morangos!"

11 agosto 2011

Meia noite

Quase...Depois de escrever mais um bocadinho, desperta-se a melancolia de estar longe com um copo de vinho do porto. Não há moscatel, faz-se o que se pode com o que se tem.E brincamos com as memórias que temos da viagem que escolhemos. Do ponto A até ao ponto final, com todas as vírgulas e parênteses que se metem pelo meio. Como o filosofo de nome esquecido dizia, o que importa é mesmo o caminho. E nada melhor para ajudar o caminhar, do que a banda sonora perfeita.

09 agosto 2011

Já que parece obrigatório escrever sobre o assunto...

Hoje acordei convencido que seria mais um dia normal. Afinal não me estava a apetecer sair da cama, as nuvens lá fora não convidavam a sair da cama e sair da cama só aconteceu depois de muito me convencer que realmente é necessário.

Bem, hoje não é um dia normal. Não depois da noite de ontem (em que dormi como um bebé, diga-se de passagem). Percorremos a internet à procura de noticias e telefonamos a amigos para ver se estão bem, mesmo adivinhando que muito provavelmente estarão. Os motins de Londres estendem-se para lá de Londres e deixam-nos a perguntar se hoje será igual. E no café, ou durante o almoço, falamos sobre este ou aquele apontamento, e de cara franzida comentamos aquilo que nos parece mais adequado. Como conhecemos alguém que ouviu a multidão vir para a rua, que viu os carros arder e a policia a passar. Enfim o dia continua cinzento, a tese ainda tem que ser escrita e todo o trabalho no laboratório ainda está lá para ser feito, diz-se em voz alta. Mas tudo isso espera, e nós esperamos também, pelo que há-de vir hoje à noite. Como será amanhã de manhã, o que terá acontecido, será que ainda continuará por mais um dia?
Ser-se refém do sentimento de que pouco podemos fazer e esse pensamento comandar o dia.

E, no entanto, não vi nada. Não ouvi nada, não senti nada. Não aconteceu nada a alguém conhecido, não encontrei as estradas bloqueadas ou os passeios cobertos pelas consequências da noite de ontem. Hoje foi mesmo apenas mais um dia cinzento.

Já agora, se alguém se perguntar porque é que isto aconteceu, dêem um saltinho aqui. Muda um pouco a maneira de se ver a situação.


25 julho 2011

no outro dia pus-me a escrever

There is a head on your lap.

It sleeps like only babies know how to, as if there was never anything else that one could do, and you cannot, for the life of you, make a move. If they would sleep forever, then you would sit there forever. You try to breed at the same rhythm as they breed, and become and expert at the art of moving your fingers two millimeters per minute, only to be sure they won’t fail you at crucial moment in which the head needs to switch, and you need to adjust your lap around its complete releaseness. It is still the easiest job in the world.

Made maybe a bit more difficult only by the layer of dust between your skin and the wood planks, accumulated by the thousand dancing feet over the last hundred hours, mixed with all the beer and wine, and sweat and tears, and no doubt the one or two drops of blood. And you could probably smell all of that if you were only able to smell anything other than the scent of the hair behind the ear of the head that sleeps on your lap.


And when some of the senses relax, your brain allows your own ears to transmit, and you remember there is someone singing on a stage in front of you. And if your eyes also open for a while, you realize that in front of that someone singing in front of you, there are others sitting on the dusty wood planks with someone else’s head on their lap, and bodies absorbing all that beer and tears and sweat, and no doubt a fraction of those two drops of blood. You might even wonder if these people sitting are trying as hard as you not to move, and if they are breeding at the same pace as the heads resting on their laps. But you then realize that you are all actually breeding at the rhythm of the song being sang on the stage in front of you, and the person singing it knows it, and likes it, and maybe even wants it for themselves, to rest their head on someone sitting on a dirty floor in front of a stage where someone else sings for them. It is a woman’s voice.

Between songs, she speaks in a language that you understand enough to make you smile, although not always enough to know exactly why you’re smiling. Even though she has been sitting on stages in front of people since the beginning of time, it is only today that she remembers why she ever started, and so her eyes shine as if they’re trying to mock the stage lights.

Everything she says, it is an old truth, made suddenly new and innocently beautiful (and you decide that if there is such a thing as innocent beauty, it is here and now, and its head sleeps on your lap). She sings only to you, she says, you there, with someone else’s head rested on your lap and your fingers moving two millimeters per minute. This is what she says:

You there, with someone else’s head on your lap, and your fingers moving only two millimeters per minute, even with all that dirt and wine and beer and sweat and tears between them and the wood planks. I know you would probably sit there forever if you had to. I know you have one ear on this song and the other on that person’s heartbeat. And so being you shall remember that:

You will always have this.

You will have this tomorrow, and you will have this when that person no longer wishes to sleep on your lap, and you will have this when I no longer agree with what I’m singing here today, and no one can ever take this away from you. And when one day you are taking your last breaths on an hospital bed and your sons and daughters try to decide in which city to hold your burial service, and your grandsons and granddaughters are driving somewhere else to see someone else singing on a stage in front of them, still then you will have this. And you will know that this will be enough.

And that was the truth.


Dala-Floda 17-07-11

30 abril 2011

Game Over!

Hoje fui ao Stockmarket e encontrei umas t-shirts com a seguinte imagem:





Por acaso até acho que tem piada...