09 abril 2010

Os verdadeiros culpados!



"O religioso não parou por aí e gerou escândalo ao perguntar «Porque é que um abusador de menores é considerado doente?». «Pode haver menores que o consentem - há-os de facto» disse, referindo-se aos abusos"

Brilhante...finalmente alguém expõe os verdadeiros culpados...como podem padres, adultos conscientes, ser acusados de simplesmente se deixarerm seduzir pelos terríveis rapazinhos de 13 anos!?

8 comentários:

  1. Quase tão mau como os actos praticados são estas pérolas que têm vindo a sair da própria Igreja Católica.

    Faziam melhor serviço aos católicos estando calados ou aceitando publicamente (mais uma vez e sempre que necessário) a existência dos abusos.

    Nas nossas discussões acaloradas de adolescentes sempre disse isto: os padres, os bispos, os papas são o que são - homens. Como tal, fazem merda.

    Ou alguém duvida que estas violações ocorrem em qualquer outra instituição religiosa, política, educacional?

    Farto deste tema, farto de como alguns clérigos tentam minimizar a questão, farto de como a comunicação social puxa ainda mais por eles pra ver se caem na esparrela, farto que a imagem de milhões de pessoas boas que há na Igreja seja manchada por uma merda destas.

    Cansa.

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  2. Com o devido respeito aos meus amigos crentes, mas é por estas e por outras que cada vez acho mais que a religião, no sentido institucional e também monoteísta, não faz grande falta aos homens... O grande problema é que sendo homens os que fazem a igreja, a verdade é que muitas vezes não se submetem à justiça dos homens. A autoridade moral não pode ser um privilégio, deve ser ganha e merecida. Não é o que verifica no discurso destes senhores.

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  3. Lá está.

    Porque saiem afirmações destas, o bem que as instituições religiosas fazem (e recuso-me a reduzir isto ao catolicismo) é erradicado das opiniões, das notícias da comunicação social, dos próprios praticantes da religião.

    Abusos de menores sempre aconteceu, sempre acontecerá, porque o Homem tem raízes animais - ponto final.

    Podiam acabar as religiões todas de hoje pra amanhã, iam continuar a haver abusos.

    Se calhar deviam acabar também as instituições como a Casa Pia, porque lá também houve merda.

    Isto é um pensamento assim tão descabido?

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  4. Ao facto de acontecer podemos atribuir muitas causas, umas gerais outras específicas à igreja (não me venham dizer que é impossivel que haja uma relação entre o celibato e isto, porque tanta tensão acumulada não faz bem a ninguem). Porém, todo o esforço da própria instituição em esconder ou (quando não o consegue) minimizar a gravidade do problema, isso não há volta a dar.

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  5. Eu sei que posso parecer radical, e o que eu disse é uma opinião muito pessoal. Eu basicamente duvido que as instituições religiosas façam assim tanto bem, mas não censuro quem defende que elas são precisas.

    Eu apenas ponho em causa a sua necessidade, e não se resume à questão dos abusos sexuais, nem acho que o problema dos abusos se deva à questão do celibato, senão não existiam pedófilos...

    Muito menos acho que devemos entrar no discurso de que simplesmente os homens são animais. Há uns que são mais animais que outros, portanto, se se aceita que uma determinada instituição detém o estatuto de autoridade moral, como é que podemos aceitar que esta seja composta por homens, se estes não têm capacidade para exercer essa autoridade moral sem fugir à sua condição animal? Desenganem-se os que acreditam que casamento dos padres iria melhorar grandemente esta situação. O que se trata aqui são de homens que se encontram numa posição de poder, que não é um poder qualquer, é poder moral, o que é um poder particularmente perverso, muito maior que o poder monetário ou político, pois este poder está dentro das nossas cabeças, a regra moral rege o que fazemos e deixamos de fazer, atribui-nos culpas, assim como o perdão. E no entanto é um poder mediado por homens...
    Na minha sincera opinião, de um modo geral a instituição religiosa não existe para servir a humanidade, mas mais para se servir da humanidade... mas sei que isto pode ser controverso... que me desculpem os amigos crentes :) sei que isto pode ser particularmente incómodo.

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  6. Mas disso, não creio que haja dúvida T. Não tenho nada contra religião e embora não sinta necessidade dela, compreendo o seu papel e acho que em muitos casos tem um efeito positivo na vida das pessoas.
    A Igreja porém trata-se de algo completamente diferente. Não merece qualquer respeito da minha parte. É uma instituição vil que há séculos se aproveita do medo das pessoas para as explorar e manipular. Jamais me esqueço duma frase do "Nome da Rosa": "Que seria de nós sem o Medo, a mais divina dádiva de deus?"
    Acho incompreensível como tantas pessoas membras dessa mesma Igreja discordam com tantas posições, acções e atitudes dessa mesma Igreja e mesmo assim nada muda. Diferencia-se muito a Igreja "central" das paróquias locais a nível de acções e atitudes, mas enquanto essas mesmas pessoas pertençam a essa mesma Igreja, facto é que estão a apoiar tudo o que esta representa.

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  7. Eu crente nos fundamentos de Cristo, eu desiludido e revoltado há já muito com a igreja. A igreja é um “clube de senhores”. Nasceu assim, não há muita volta a dar. Protegem o que têm com unhas e dentes e insistem num “establishment” que perversamente traduz os ensinamentos de Cristo em caridades bacocas e do momento.

    Um clube que protege estas noções e os seus membros do que quer que venha e do que quer que façam. E o problema para mim aí reside, que a cupula da igreja se resuma nestes casos a mudar o pervertido de espaço fisico, o que a mim não me parece um castigo, mas uma vida nova para molestar e abusar, não tem sentido se a preocupação da igreja são os seus fieis. Não me lembro de uma acusação saída publicamente desde o seio da igreja.

    A preocupação da igreja são os seus padres, os seus bispos que servem os senhores que realmente pagam as contas e pagaram as contas da igreja durante os séculos de riquezas acumuladas.

    Como dizia há uns tempos uma senhora líder do PSD, “temos falta dos ricos para que os pobres tenham emprego.” Não temos falta da caridade, que decide quanto os caridosos dão aos pobres, aos doentes. Não temos falta desta igreja.

    Tenho dito

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  8. Devo dizer que curti a utilização da expressão "instituição vil".

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