John Martyn morreu no inicio deste ano, algures num dos dias perdidos de Janeiro. É necessariamente estranho perceber que um gajo de que nunca tinha ouvido falar há um mês atrás, assim de repente preenche um espaço que nem sequer sabia que tinha. Ou seja, pondo contexto no texto:
Bob Dylan e o resto dos canto autores que surgiram nos anos sessenta nunca me disseram muito. E sacrilégio dos sacrilégios, os anos sessenta sempre me passaram muito ao lado. Nunca compreendi a atracção pela década. Sempre achei que sabia a pouco, especialmente quando os anos setenta vieram a seguir e trouxeram tanta coisa mais (evolução, bem sei mas...). Até que ouvi John Martyn (as gravações da BBC com Danny Thompson no baixo são obrigatórias). E aqui perco-me porque não tenho retórica suficiente para descrever a sua musica (convenhamos que até ao final da década de setenta. A partir dos anos oitenta a coisa fica mais estranha). Folk é demasiado simplista e, fusão para ser sincero, não explica grande coisa. Apenas que me perco na musica dele, em atmosferas estranhas que seduzem um gajo sem ele perceber bem como...
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