Eu curto ir a um concerto de jazz. A sério que sim. Faz muito mais sentido do que a maior parte das coisas que se passam na minha vida estranha. Como usar camisas de flanela, por exemplo. Mas sempre que me lembro que tenho de lidar com a multidão que acha bem pertencer ao circulo apenas para ser visto a agitar a baqueta imaginária no ar de olhos fechados, enquanto bebe vinho chileno que passava bem no balcão do tasco na Torre de Natal como tacinha de vinho local, e dizer com um ar solene que os músicos se estão a divertir mais do que nós, afrouxo o passo e penso duas vezes.
É uma cena triste dizer isto. Apontar que não o faço de uma maneira condescendente. Não. O sentimento que passa por aqui soa mais a azia. É uma cena triste dizer isto assim, de uma maneira que quase passa por elitismo. Mas isto tem estado trancado cá dentro há tanto tempo, desde que me lembro de alguém me dizer que um disco de Jazz tinha que ser ouvido 10 vezes para se gostar.
Apenas um pequeno desabafo, posto em directo aqui no tasco.
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