07 janeiro 2010

Infidelidade recomenda-se (para os homens, claro!)

A psicóloga francesa Maryse Vaillant defende no seu último livro "Les Hommes, L'Amour, La Fidelité", que a infidelidade é uma necessidade para os homens.

A autora, numa entrevista à Visão, afirma ter passado 10 anos a estudar o assunto e concluiu que "os homens o fazem por uma questão de identidade - precisam dessa liberdade para não sufocarem". Além disso "as mulheres não deveriam sofrer tanto por os parceiros as "enganarem".
Podem ler mais aqui.

E agora a minha opinião.
Quando vejo uma notícia onde se encontra a opinião de um(a) psicólogo(a), temo pela reputação da classe que, diga-se de passagem, nunca foi famosa. Não raras vezes, os receios têm razão de ser.
Não quero com isto dizer que sou mais ou menos a favor da fidelidade, muito menos defendo as teorias muito "científicas" de que os homens, por um qualquer imperativo biológico, têm de "espalhar a semente" e as mulheres "cuidar do ninho". Acredito que possa existir uma predisposição relacionada com o género, no entanto seria irresponsável afirmar que tal tem que ver exclusivamente com aspectos biológicos, sendo que os aspectos culturais e educacionais têm uma influência enorme no nosso comportamento, porventura mais que os biológicos.
Posto isto, vamos lá tentar perceber esta "psicóloga".
As conclusões da senhora partiram da sua própria "experiência com homens que conheceu", e dos testemunhos de 20 homens e 10 mulheres. Vinte homens e dez mulheres dificilmente se poderá considerar uma amostra representativa. E qual a nacionalidade, cultura, religião destes homens e mulheres? Ou estas são conclusões universais, para todos os homens e mulheres? A acrescer que a senhora é divorciada, não sendo isto, segundo ela, resultado da sua infidelidade. Não ponho isso em causa, mas não posso deixar de me interrogar se estas conclusões não serão demasiado reconfortantes - concluo então os homens "traem" porque não aguentam a fidelidade... e as mulheres, regra geral não traem, mas se o fazem é certamente por precisarem de "espaço"... será isto?! E imagino que o título que relaciona homens, amor e fidelidade, colocando as mulheres em segundo plano (até porque para estas não são precisos estudos, o amor e a fidelidade já fazem parte, tal como a infidelidade para os homens... certo?) não tenha nada que ver com o seu próprio caso de infidelidade, certamente conseguiu ser absolutamente imparcial nas conclusões a que chegou.
Então está explicado! Obrigado sra Vaillant.

Por isso meus amigos, se algum dia "por acaso" se "enganarem", não se preocupem! Basta explicarem às vossas queridinhas que é uma inevitabilidade, que precisam dessa "liberdade". Afinal, até têm estudos "científicos" para o comprovar.

6 comentários:

  1. nao queres elaborar um bocadinho?

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  2. ELABORAÇÃO JÁ JÁ JÁ!

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  3. o que me irrita nestes "estudos científicos" é tornarem-se verdades universais e dp alvo de emails em cadeia q acabem em gajos a dizer q há ciência por detrás dos seus actos.. como o T bem diz... q amostra é esta ? 20 homens?? nem 200 seria.. e isto é publicado??! sinceramente mete nojo, pq simplesmente é publicado pelo conteúdo pq se fosse "20 homens casados há 20 anos" n despertaria qq interesse..

    tenho a dizer q esta psicóloga é mais triste q 1 freira, pois em 10 anos a "estudar" o caso só conseguiu testumunhos de 20 gajos qd passou a adolescência a odiar homens... dp aos 65 anos é q descobriu o prazer do pirilau?! temos pena! é melhor começar a estudar a reencarnação!

    "e esta hein??"

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