17 setembro 2009

Diários de um emigrante (3)

Bem o Verão acaba agora, e não estou bem a falar do tempo, até porque os suecos andam a dizer que é outono desde o meio de agosto. Mas estes últimos meses foram qualquer coisa que gostaria de deixar bem guardado na minha memória, para futuras referências.
Desde ha 2/3 semanas voltei a viver na yellow villa of Årsta, também apelidada de Platform of Joy.

Tenho 3 de suecas aqui ao pé de mim, com quem vivo, duas delas estão a fazer a mala porque vão amanhã para o Ruanda, Burundi, Uganda, coisas assim. Paises onde os hoteis ficam ao lado do lago onde nadam hipopótamos e crocodilos. Estou a beber vinho do porto, sentado num sofá que ajudei a construir, e há uma hora atrás estava a tirar do forno dois pães feitos por mim. Esta tarde estive a dar uma aula de portugês a um sueco (a tentar lembrar-me do que é o pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo e coisas assim). De manhã estive sentado na biblioteca de banda desenhada, na kulturhuset (sim, faltei às aulas) a ler um livro sobre comics "perigosos". Nos passeios pelas lojas de postais e livrarias descobri um pintor sueco que gosto muito, Carl Larsson.

Ontém à noite estava a fazer um desenho para um poster/flyer para uma companhia de circo palestiniana. No mesmo dia de manhã fui até ao escritório dos How+Kawa Arkitekter, acertar os pormenores para começar a estagiar com eles. Começo na semana que vem, já agora.
Na segunda-feira o pedro veio cá a casa. Comemos homemade veggie sushi, e ouvimos belas baladas e experimentalismos pseudo-intelectuais:



O fim-de-semana que passou também foi bom. Na 6a feira "organizámos" uma festa, com o objectivo de angariar dinheiro para uma miuda ruandesa poder estudar. Precisava de 400 dolares, e segundo ouvi juntámos aí uns 500, a vender copos de vinho, ou com contribuições aleatórias. Portanto para além de um ano de alojamento, transportes e alimentação, a rapariga também vai poder comprar uma eventual roupinha jeitosa.
No sábado fui pela segunda vez apanhar cogumelos na floresta de Haninge. E quando digo floresta não estou a falar do Ludo, estou a falar de não se ver o chão nem o céu, e cagalhões de alce por todo o lado.
Funny enough, há mês e meio atrás estava a apanhar mexilhões na ilha de Faro, pela primeira vez (!), com o rabo de molho na ria, a fazer concorrência com o senhor diácono rogério egídio.

2 comentários:

  1. Anónimo10:07

    Ohh... xaudades do maninho... =p

    ResponderEliminar
  2. Xiquinho!!!

    Agora já bbes não é?! Qdo te pedia p me acompanhares nada! HEHEHE Fazes cá falta!

    ResponderEliminar