Esta de acordo que é muito mais importante ter uma boa relação familiar e tentar alterar o que é modificável no trabalho do que o contrário. Se tivesse grandes problemas a nível familiar e fosse para o trabalho descansar da família seria muito pior, não acha?
As pessoas são como são, felizmente não somos todos iguais. E diz-me que não gosta de palha. Se não gosta, não tem que comer. Tem que tentar transformar a palha que é por vezes o seu trabalho num ambiente mais agradável. Já consegue dizer: “eu não gosto disto, daquilo”. Mas está ainda em esforço para consegui-lo. Se não conseguir hoje, não é tragédia nenhuma. Pergunta-me o que eu quero. Eu, definitivamente, não quero nada. Aqui quem deve querer é o leitor. Importo-me consigo no sentido de saber quais vão ser as suas escolhas. Se me disser que vai continuar na mesma, o que eu farei é colocar-lhe um espelho a ver se gosta da figura que faz. O seu Ser-Pensante-Sensível é aquilo em que acredita e que o move. Se se mantiver fiel a si, a leitora pode fazer-se e refazer-se à vida, mesmo que a esfera de pedra do seu Ideal lhe escape das mãos e role até ao sopé, recomeçará, como Sísifo, a fazer-se à montanha da vida...
Cordeiro, J. (2009). Memórias de um psicanalista. Sintra: Zefiro
Fazer à vida! Caro Zeugnimod!
ResponderEliminarGOSTEI!!!! MÁ NADA MÓ!!
ResponderEliminarMuito bom! Já estive com esse livro nas mãos na Fnac e pareceu-me interessante.
ResponderEliminarCurti especialmente: "Se me disser que vai continuar na mesma, o que eu farei é colocar-lhe um espelho a ver se gosta da figura que faz."
Simples e directo.